Formação para Docência do Ensino Superior
segunda-feira, 18 de julho de 2016
terça-feira, 28 de junho de 2016
Educação a distância
Cursos gratuitos a distância estão ao alcance de alguns cliques
Universidades renomadas no Brasil e no Exterior aliam o ensino a distância e as práticas de educação aberta e cultura colaborativa
Durante décadas, o acesso ao conhecimento produzido por conceituadas universidades do era um privilégio restrito aos alunos destas instituições. Com a popularização dos Cursos Abertos Online e Massivos (MOOCs, na sigla em inglês), a partir de 2012, milhares de estudantes têm se qualificado em áreas como tecnologia, finanças, empreendedorismo, design e engenharia.
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Com duração aproximada entre três e 15 semanas, os cursos são oferecidos por plataformas como o Coursera e o Veduca, que permitem ao aluno estudar no seu ritmo. A participação nos cursos é gratuita na maioria dos casos, mas alguns serviços adicionais, como certificado, podem ser cobrados.
— Os MOOCs fazem parte de uma política institucional que une a EAD e as práticas de educação aberta e cultura colaborativa — afirma a professora da Faculdade de Educação da UFRGS Cintia Ines Boll.
A professora explica que, apesar de os cursos serem massivos, os estudantes podem customizar suas preferências e são constantemente estimulados a concluir as tarefas, criando uma relação estreita com o processo de ensino. A grande procura por parte de alunos brasileiros motivou algumas das plataformas mais conhecidas a oferecer treinamentos em português. As opções abarcam todas as áreas do conhecimento.
Cintia recomenda explorar as opções disponíveis na rede.
— Esses cursos dão a possibilidade de aprender por meio de outras linguagens propiciadas pelas tecnologias, que não só a da escrita e da fala — afirma.
Veja alguns sites onde buscar esse tipo de qualificação:
COURSERAA mais popular entre as plataformas tem parcerias com dezenas de instituições, entre as quais a Universidade de São Paulo (USP). Os cursos abrangem áreas como ciência da computação, arte e medicina. Já há mais de 50 cursos em português, além de opções em mais 30 idiomas. Para receber certificado, é preciso pagar uma taxa que varia de acordo com o curso.
VEDUCAOferece cursos em português de universidades estrangeiras e brasileiras em áreas como administração, ciências da computação e engenharia, alguns deles com certificação gratuita por meio de uma prova online. Além do conteúdo grátis, há opções pagas de cursos de extensão e de MBA reconhecidos pelo MEC, com provas realizadas de modo presencial.
MIRÍADAX.NETReferência em países de fala hispânica, já oferece opções de cursos em português, em parceria com instituições como a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Nascido de uma iniciativa da Telefónica e do Santander, disponibiliza treinamentos em assuntos como liderança, direito, design e estatística. O certificado de participação é gratuito.
EDX.ORGCriado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e pela Universidade de Harvard, reúne cursos em idiomas como inglês, espanhol e francês. As opções incluem diferentes áreas, como arquitetura, comunicação, biologia e ciências da comunicação. O certificado está disponível mediante pagamento de taxas variáveis de acordo com o curso
MOODLE
O que é e para que serve o Moodle
A GRANDE VANTAGEM É A FUNDAMENTAÇÃO NA PRÁTICA DE UMA APRENDIZAGEM SOCIAL CONSTRUTIVISTA, SEM CONTAR QUE ESTÁ DISPONÍVEL EM 34 IDIOMAS.
o blog Raleduc
Quem já está familiarizado com ambientes virtuais de aprendizagem sabe do que se trata o Sistema Moodle. Por outro lado, muitas pessoas usam suas ferramentas, mas desconhecem algumas questões relacionadas aos seus conceitos básicos. Por isso vamos explicar nesse artigo certas características importantes desse software que é utilizado para produção e gerenciamento de atividades educacionais baseadas na comunicação entre redes, seja na internet ou em uma rede local.
O Sistema Moodle é um projeto de desenvolvimento contínuo, projetado para apoiar o social-construtivismo educacional. Nele é possível administrar atividades educacionais por meio de softwares que auxiliam os educadores a atingir um alto padrão de qualidade em suas atividades educacionais online. A grande vantagem do Moodle sobre os demais sistemas construtores de ambientes virtuais é sua fundamentação na prática de uma aprendizagem social construtivista, sem contar que está disponível em 34 idiomas.
Os benefícios do Sistema Moodle
Computador-teclado
Um dos motivos pelo qual o Sistema Moodle se tornou popular entre os educadores de todo o mundo foi o fato de permitir a criação de sites de forma dinâmica para alunos e comunidades de aprendizagem. Quanto às características didáticas e pedagógicas e aos aspectos técnicos, o Moodle se destaca na análise dos dados gerais como suporte ao padrão scorm, sendo que oferece os conteúdos de forma hierárquica.
O Sistema Moodle desde 2001 atua como uma plataforma open source, ou seja, de código aberto. Isso significa que pode ser utilizado e até mesmo distribuído (sob a condição do GNU). O Moodle funciona nas plataformas Unix, Linux, Windows, Mac OS X, Netware e em qualquer outro sistema que suporte a linguagem PHP, sem que haja necessidade de modificações, podendo ser incluído na maioria dos provedores de hospedagem de sites.
A diversidade de plugins para criação
Trabalhando-digitando
Moodle é um sistema modular baseado em plugins, que são como peças que você une para construir o que quiser. Existem plugins para diferentes tipos de conteúdo e plugins para todos os tipos de atividades de colaboração, que é onde o Moodle realmente brilha. Como exemplo, no plugin Oficina é possível gerar um processo de avaliação por completo.
Dessa forma, se obtém a classificação de centenas de estudantes de maneira precisa, corrigindo as tarefas uns dos outros. Isso é bom porque economiza tempo. Também existe inúmeros outros plugins que podem ser adicionados para construir alguns ambientes de ensino bastante surpreendentes. Essa plataforma de hospedagem é altamente escalável e oferece uma boa relação custo-benefício.
Em quais bancos de dados o sistema funciona?
O Sistema Moodle funciona melhor a partir de bancos de dados MySQL e PostgreSQL, podendo também ser utilizado com outros bancos como Oracle, Interbase, ODBC e Access. A filosofia que guia o desígnio e o desenvolvimento do Moodle é uma filosofia particular de aprender, um modo de pensar a educação-aprendizagem conhecido como “pedagogia do social-construtivismo”. Essa filosofia está apoiada em quatro conceitos:
1 – Construtivismo – de acordo com essa teoria, as pessoas constroem conhecimentos na interação com a sociedade;
2 – Construcionismo – segundo esse conceito, a aprendizagem é particularmente efetiva quando se constrói algo para outros experimentarem;
3 – Sócio-construtivismo – estende as teorias anteriores em um grupo social que constrói coisas para outro, colaborativamente, criando uma microcultura de artefatos compartilhados. Quando a pessoa é imersa dentro desse ambiente está em continuo aprendizado, em muitos níveis, como membro daquela cultura;
4 – Conectado e Isolado – teoria que parece mais profunda nas motivações dos indivíduos dentro de uma discussão. Temos o comportamento mais introspectivo quando alguém tenta permanecer “efetivo” e “objetivo” em defesa de suas ideias, usando a lógica para encontrar falhas nas ideias do oponente.
O comportamento conectado, a aproximação do significado de empatia, que se liga também ao conceito de intersubjetividade e o comportamento construído, quando uma pessoa é sensível a essas duas aproximações, podendo escolher qualquer uma delas como apropriada para uma determinada situação.
Funcionalidades disponíveis no Sistema Moodle
Moodle-logo
O Sistema Moodle não força nenhum tipo de comportamento, mas se apoia em conceitos, com a estabilização da sua infraestrutura. A direção principal para o desenvolvimento do mesmo será o apoio pedagógico. As ferramentas de interação do Moodle permitem relações assíncronas e síncronas entre alunos e professor/tutor.
São alguns dos recursos e atividades disponíveis no Moodle:
Glossário – recurso que permite a criação de uma lista de termos utilizados no curso e sua definição
Fórum – recurso utilizado para que os participantes possam discutir um determinado tema e dirimir possíveis dúvidas sobre o conteúdo abordado.
Chat – canal de comunicação instantânea entre os alunos em momentos previamente agendados pelo tutor
Email – ferramenta de comunicação assíncrona, para envio e recepção de mensagens entre os participantes do grupo
Wiki – permite que os participantes adicionem e editem uma coleção de páginas da web; pode ser colaborativo (nesse caso, todos podem editá-lo), ou individual (só o responsável pelo wiki pode editá-lo)
Questionário – permite que o professor crie e configure testes de múltipla escolha, correspondência e outros tipos de questões. Cada participação é verificada automaticamente informando a resposta corretas, sendo que o professor pode escolher dar feedback e/ou mostrar as respostas certas.
Tarefa – permite ao professor especificar um trabalho a ser feito online ou presencial, que pode ser avaliado.
Fórum – recurso utilizado para que os participantes possam discutir um determinado tema e dirimir possíveis dúvidas sobre o conteúdo abordado.
Chat – canal de comunicação instantânea entre os alunos em momentos previamente agendados pelo tutor
Email – ferramenta de comunicação assíncrona, para envio e recepção de mensagens entre os participantes do grupo
Wiki – permite que os participantes adicionem e editem uma coleção de páginas da web; pode ser colaborativo (nesse caso, todos podem editá-lo), ou individual (só o responsável pelo wiki pode editá-lo)
Questionário – permite que o professor crie e configure testes de múltipla escolha, correspondência e outros tipos de questões. Cada participação é verificada automaticamente informando a resposta corretas, sendo que o professor pode escolher dar feedback e/ou mostrar as respostas certas.
Tarefa – permite ao professor especificar um trabalho a ser feito online ou presencial, que pode ser avaliado.
Entre as tarefas realizadas pelo Sistema Moodle, podemos destacar:
. Controle do acesso de alunos ao curso, onde se encontram os conteúdos e os recursos interativos e de avaliação
. Controle da liberação, em separado, de cada parte do conteúdo para o aluno: links para websites, material impresso, vídeos, áudios, animações, glossários de termos etc.
. Fornecimento de ferramentas de interatividade, como fóruns, enquetes e chats, integrando o gerenciamento de cada um no sistema de controle dos alunos matriculados no curso.
. Fornecimento de instrumentos de avaliação, como exercícios com correção instantânea etc.
. Controle da liberação, em separado, de cada parte do conteúdo para o aluno: links para websites, material impresso, vídeos, áudios, animações, glossários de termos etc.
. Fornecimento de ferramentas de interatividade, como fóruns, enquetes e chats, integrando o gerenciamento de cada um no sistema de controle dos alunos matriculados no curso.
. Fornecimento de instrumentos de avaliação, como exercícios com correção instantânea etc.
Quem usa o Sistema Moodle?
Mundo-servidor-moodle
Podemos encontrar esse sistema em grandes universidades do Brasil e do exterior, além de empresas e instituições menores de ensino. Fora do país o sistema Moodle é usado na Universidade Nacional da Austrália, Universidade de Cambridge, Louisiana State University, Mazda, Shell, Allianz, Novell, Microsoft, entre outros.
Procure por profissionais especializados para instalação do Sistema Moodle
Nem todos os professores são especialistas em TI, por isso não têm a obrigação de aprender a instalar esse software em um servidor ou gerenciar as complexidades de atualizações e manutenção. Por isso é indicado que esse serviço seja feito por profissionais de TI. Assim, a instituição poderá usufruir de uma plataforma de código aberto que permite o desenvolvimento da melhor solução em educação, conforme suas necessidades.
quinta-feira, 23 de junho de 2016
‘Professor do futuro será um
designer de currículo’
Entre suas habilidades estão
dominar tecnologia, desenvolver currículos mais integrados e ensinar alunos a
aprender a aprender
por Vagner de Alencar 19 de abril de 2013
O termo é desconhecido no Brasil,
mas é bom você já ir se familiarizando com ele. O professor tradicional – esse
com o qual estudamos anos e que conhecemos hoje – vem gradativamente se
transformando no que em algumas escolas por aqui, mas mais intensamente nos
Estados Unidos, chamam de designer de currículo. A principal função desse
“novo” profissional está a de desenvolver currículos e projetos
interdisciplinares, integrando às novas tecnologias. “O professor designer de
currículo é a expressão maior e mais completa do mestre contemporâneo. Vai além
de ministrar o conteúdo estrito senso, mas é também responsável por preparar o
educando para o hábito de aprender a aprender, desenvolvendo habilidades de aprendizagem
que são consideradas imprescindíveis aos profissionais e cidadãos em um mundo
centrado na inovação”, afirma Ronaldo Mota, ex-secretário Nacional de
Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação e atualmente professor visitante do Instituto de Educação da
Universidade de Londres.
Esses profissionais tanto podem
se dedicar exclusivamente ao design de currículo quanto podem ser professores
que intercalam essa função com sua prática de sala de aula. De acordo com Mota,
eles poderão, por exemplo, criar portais interativos para abrigar suas
videoaulas e outros recursos multimídia ou ainda estimular os estudantes para
que criem seus próprios blogs. Os portais poderão servir como ambientes
– além da sala de aula – para relação permanente entre o educador e os
educandos, bem como os educandos entre si.
O professor tradicional
gradativamente se transformará no designer educacional
Mota, que também foi Secretário
Nacional de Educação Superior, aponta como outra nova demanda desses designers
de currículo a criação de Moocs (Massive
Open On-line Course, cursos on-line gratuitos e em grande escala) . “Isso vai
ser uma enorme revolução, uma vez que o professor tradicional gradativamente se
transformará no designer educacional, que vai precisar dominar a tecnologia
para produzir essas aulas”, afirma.
Mas nem tudo é tecnologia. Em
escolas onde o modelo vigente inclui aprendizado baseado por projeto, por
exemplo, esse profissional cria aulas que envolvem ações transdisciplinares. Na
norte-americana High
Tech High, que desenvolve esse modelo de ensino, os docentes se reúnem
diariamente para discutir como um determinado conteúdo pode se tornar um
projeto que envolva a sua disciplina e as dos demais docentes. Um dos pilares
da instituição é exatamente ter o professor como um designer, função que
empodera o educador e lhe dá a responsabilidade de ser o guia de sua classe.
Na instituição, as aulas são
estruturadas em blocos mais longos – ao contrário dos tradicionais tempos de 50
minutos – com o intuito de integrar o currículo, unificando as matérias e
facilitando o aprendizado dos estudantes. Física e matemática são ensinadas
juntas, assim como história, filosofia e língua inglesa são aglomeradas em
única disciplina: humanidades. “Acreditamos na integração do currículo. Em vez
de ir a uma aula de história e uma de inglês, o aluno tem um professor de
humanidades. A escola tem um time de professores trabalhando para criar
projetos juntos. Existe um aluno que aprende colaborativamente, com tutores
virtuais, sozinhos, com material impresso ou não. Nós damos a ele a
oportunidade de estudar em cada uma dessas modalidades, de acordo com o que
cada um precisa”, afirmou Melissa Agudelo durante o Transformar 2013.
Assim como na High Tech High, a
rede Summit
Public Schools – grupo de escolas californianas que está ajudando
jovens de famílias pobres a ingressar na universidade – usa momentos
sistemáticos de encontros entre docentes para fazer o design de seu currículo.
Nas escolas, os professores desenvolvem projetos de aprendizado
interdisciplinares, que normalmente associam as disciplinas curriculares ao
cotidiano dos estudantes, para que façam sentido ao que estão aprendendo, com o
objetivo de fazê-los pensar criticamente, além de desenvolver suas habilidades
cognitivas.
A rede também está construindo
sua própria plataforma de aprendizado on-line e são os professores os
responsáveis por inserir conteúdos nesse ambiente virtual. A partir do próximo
semestre, as escolas Summit vão adotar o modelo de blended
learning – conhecido também como ensino híbrido – o que irá
ajudar os designers de currículo a trabalharem mais integradamente, já que
precisarão se elaborar juntos os conteúdos baseados tanto em ferramentas
on-line quanto em momentos presenciais.
O futuro da aprendizagem é o
nosso futuro. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de
aprendizado é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar
como vai ser
Esses encontros também acontecem,
semanalmente, na Quest
to Learn – escola pública de NY onde os conteúdos são todos
trabalhados por meio de games. Em vez de reuniões entre professores e
professores, outros profissionais – como coordenadores pedagógicos e designers
de games também – se juntam para a criação do currículo escolar, que é
integrado e repensado para levar experiências que estejam associadas ao mundo
real.
Para Brian Waniewski, diretor de
gestão do Institute of Play que
aplica a metodologia na escola, esses professores são os responsáveis por
redesenhar a experiência do aprendizado. “O futuro da aprendizagem é o nosso
futuro. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de aprendizado
é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar como vai
ser”, afirmou Waniewski em entrevista ao Porvir.
Segundo o professor brasileiro
Mota, os designers de currículo surgirão naturalmente, aprendendo de forma
involuntária, na prática. “Ainda é uma incógnita saber se as universidades
estarão preparadas para formá-los. Desburocratizar o currículo nacional seria
fundamental para que esses profissionais conseguissem remodelar seus planos de
aula, além de criar programas e disciplinas mais dinâmicas, tornando-os também
mais empoderados”, afirma.
Fonte:http://porvir.org/professor-futuro-sera-um-designer-de-curriculo/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=linkedin&utm_source=socialnetwork
Fonte:http://porvir.org/professor-futuro-sera-um-designer-de-curriculo/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=linkedin&utm_source=socialnetwork
terça-feira, 17 de maio de 2016
‘Usar tecnologia prepara melhor novos professores’
No Diário de Inovações, docente fala sobre o uso de tecnologia na formação de educadores em cursos de pós-graduação
por Adriana Gandin 12 de novembro de 2014
A experiência que julgo significativa para relatar aqui no Diário de Inovações é referente a minha docência nos cursos de Pós-Graduação de Educação do Centro Universitário Ritter dos Reis, em Porto Alegre, nas disciplinas de “Planejamento e Avaliação Institucional e da Aprendizagem” e “Tecnologias da informação e da comunicação em educação”. Além de docente, trabalho na formação de professores para a inserção de tecnologias digitais na sala de aula em um programa, personalizado a cada instituição de ensino, desenvolvido e implementado pela empresa EADes envolvimento humano – Tecnologia de Professor para Professor.
Trazer a tecnologia para dentro da sala de aula não é uma tarefa simples. Administrar várias pessoas com computadores, tablets e smartphones em uma sala de aula requer um planejamento minucioso e combinado muito claros. Trata-se de romper com uma lógica de que o professor “sabe tudo” e “que fala o tempo todo” e, no lugar, construir outro modelo onde há busca conjunta entre professores e alunos, construção coletiva e compartilhamento.
Trabalho em disciplinas de pós-graduação com alunos que, em sua grande maioria, são professores que estão ali no papel de alunos e precisam ter uma experiência positiva para que possam se encorajar a coordenar projetos e a utilizar os recursos tecnológicos em seu dia a dia e na sua posterior prática docente.
Ao longo do tempo de trabalho como docente da educação superior e assessora pedagógica, comecei a perceber que vários professores não se sentem a vontade com o mundo tecnológico que se apresenta. Percebo que é difícil, para alguns professores, aprender os recursos e as novas possibilidades de interação. Na educação, e principalmente na educação superior, encontrava muitos professores que não utilizam ferramentas tecnológicas por falta de conhecimento ou por achar que seria difícil aprender. Sempre acredito que de uma maneira simples é possível preparar professores (e outros profissionais) para estar mais próximos de seus colegas de profissão e de seus alunos.
Sempre acreditei que não é somente com discursos, leituras e aulas expositivas que aprendemos. Portanto, resolvi construir o meu planejamento e as aulas do curso de pós-graduação, como oficinas e projetos, agregando muitas atividades práticas e vivências, utilizando diferentes ferramentas da web, sites e aplicativos para empoderar meus alunos e fazê-los conhecedores de recursos tecnológicos para seu próprio uso e para o trabalho docente que desempenham.
A experiência de utilização das ferramentas tecnológicas, com atividades vivenciais e práticas, capacita mais facilmente e efetivamente os professores em formação. Não trabalho somente com as ferramentas tecnológicas que serão usadas em sala de aula, mas também com apps e sites que todas as pessoas podem utilizar em seu computador, tablet ou smartphone, para comunicar, estudar, armazenar, compartilhar e agilizar o seu trabalho do dia a dia.
Percebi que os meus alunos, que em sua maioria são professores em formação, após a participação na disciplina que ministro, estão mais seguros e animados e sentem-se aptos a fazer suas próprias buscas de novas ferramentas tecnológicas que não param de aparecer e se aperfeiçoar. Estão mais encorajados para sustentar um projeto, utilizando os apps e sites experimentados em sala de aula.
Abaixo, dois depoimentos de alunos:
“A minha percepção em relação à disciplina, foi uma mudança de paradigma, pois me tornei uma aluna conectada. Acredito que a contribuição da tecnologia para educação tem sido um grande avanço, em termos culturais, pois propicia ao ensinante e ao aprendente, um novo pensar e agir na educação. A tecnologia trouxe para as escolas a democratização do aprendizado, sendo que todos tem acesso permanente a qualquer conhecimento. A tecnologia está propiciando aos educandos uma interação, troca de informações, gerando uma cooperação no momento em que se compartilha o conhecimento. Penso que dessa forma estamos oportunizando aos alunos também um conhecimento social.” – Tatiane
“Acredito que após as aulas da professora Adriana Gandin, o que fica para o grupo é uma inquietação em nosso olhar pedagógico, em, como ver nossas formas didáticas; pensando em novos recursos e metodologias ao ensinar os educandos. Aprendemos sobre uma educação para geração “y”, ou seja, uma educação onde valoriza e utiliza a inclusão da tecnologia dentro da sala de aula. Durante as aulas ministradas pela professora Gandin, aprendi novas maneiras de mediar o ensino, assim como fazer e refazer a aprendizagem, através de momentos de visualização e manuseio de diferentes aplicativos e recursos com vastas possibilidades.” – Caroline
A seguir algumas experiências vividas e discutidas em sala de aula: criação e leitura de livros digitais; construção e compartilhamento de textos individuais e coletivos; elaboração e construção de apresentação de slides; pesquisa qualificada na internet; leitura e pesquisa em aplicativos de jornais e de revistas; utilização de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) como, por exemplo, o Moodle; criação de vídeos; análise, criação e postagem de conteúdo para blogs e redes sociais; compartilhamento de ideias e comunicação com alunos e profissionais de outras instituições educacionais (por exemplo, Hangouts e Skype); armazenamento de arquivos em nuvem (Dropbox, Box, Google Drive, OneDrive e iCloud.); utilização e criação de mapa mental, quiz e flashcards no site http://examtime.com; análise e utilização de sites e aplicativos diversos; trabalho com grupos do Facebook.
terça-feira, 3 de maio de 2016
domingo, 1 de maio de 2016
Ferramenta App Inventor, do MIT, que permite criar games sem programar.
Ferramenta App Inventor, do MIT, que permite criar games sem programar, foi traduzida para o português
Fonte : Jornal da UNICAMP
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